Porque devemos nos preocupar com as alterações climáticas?

À medida que a terra aquece, ela altera os padrões do vento e do oceano. Esta situação altera o clima em torno do qual construímos quintas e cidades durante os últimos 6000 anos. Por toda a parte está a experimentar alguma mudança na precipitação ou na temperatura. Em muitos lugares, estas mudanças são extremas.

1. Tempestades e Inundações. Um oceano mais quente resulta em mais evaporação, o que significa que as nuvens absorvem mais água antes de a descarregarem em terra. Isto significa que os locais que já sofrem ciclones, tufões e furacões registam tempestades cada vez maiores e com mais frequência. Em regiões frias, a neve derretida pode também ocasionar inundações.
2. Secas. Se a chuva cai num lugar, não está a cair noutro. À medida que os padrões de precipitação mudam, muitos lugares estão a experimentar a seca. Por exemplo, mudanças nas monções podem levar a inundações na Ásia e a secas na Austrália.
3. Incêndios. Mais evaporação e menos precipitação deixam a vegetação seca. Plantas secas e altas temperaturas tornam fácil a propagação do fogo. No Brasil, Austrália, e Estados Unidos, dezenas de pessoas morreram, milhares perderam as suas residências, e milhões de hectares foram destruídos. Os incêndios também são nocivos porque libertam mais carbono para a atmosfera.

A precipitação excessiva afoga as plantações enquanto a seca é causada por muito pouca chuva. O aumento do calor provoca pragas e doenças que matam as plantações e o gado. Tudo isto é sinónimo de mais fome.

À medida que as camadas de gelo derretem sobre a Gronelândia e a Antárctida derretem, elas elevam o nível do mar. A água expande-se quando quente, pelo que a subida do nível do mar é também devida a um oceano de maior dimensão. Nações que estão em níveis baixos em relação ao mar, como as ilhas do Pacífico e o Bangladesh estão particularmente em risco. O oceano quente não é capaz de armazenar o carbono dissolvido nele (pense nas bolhas que se formam quando se ferve a água) de modo que, à medida que aquece, liberta mais carbono, e acelerando ainda mais as alterações climáticas.

À medida que as temperaturas se tornam mais quentes, insectos amantes do calor como os mosquitos poderão viajar maiores distâncias, transportando doenças como a malária, dengue e zika para um maior número de pessoas. As alterações climáticas também causam mortes por insolação. Os mesmos combustíveis fósseis e incêndios florestais que causam alterações climáticas também aumentam a poluição do ar, provocando cancro, doenças cardíacas, doenças respiratórias, atraso no desenvolvimento cerebral, e nascimentos prematuros.

À medida que todos estes problemas se agravam, as pessoas são forçadas a deslocar-se em busca de segurança. Alguns habitantes das ilhas do Pacífico já deixaram as suas casas devido à subida do nível do mar, enquanto inundações e secas por toda a parte, desde a América do Sul, à Índia, até ao Sudão, estão também a causar migração. É provável que a competição por recursos escassos, especialmente com mais migração, conduza a novos conflitos, e os antigos a eclodirem novamente.

Os seres humanos e as condições meteorológicas, como inundações e incêndios, podem arruinar os habitats animais e vegetais. Alguns animais precisam do frio para se alimentarem ou procriarem, enquanto outros morrem no calor. À medida que o oceano aquece, os corais, por exemplo, começam a morrer. Os corais são a espinha dorsal do ecossistema marinho. Mais de 60% de todos os animais foram dizimados pelo homem nos últimos 50 anos.

Pelo menos 1 milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção. Isto não é mau apenas para eles, mas também para as pessoas, uma vez que dependemos de ecossistemas saudáveis. Os insectos polinizam as nossas colheitas, milhões de pessoas dependem dos peixes para se alimentarem, muitas plantas e animais produzem medicamentos, e todos nós respiramos oxigénio proveniente de plantas e algas.